Você já ouviu falar da síndrome do pôr do sol? Se tiver algum familiar próximo que sofre com a doença de Alzheimer, pode ser que já saiba de tudo sobre essa condição tão comum entre eles.
Os sintomas dessa síndrome começam a aparecer no fim da tarde e podem continuar durante a noite, dificultando o adormecer dos pacientes de Alzheimer, gerando um cansaço que torna os dias ainda mais complicados.
No artigo de hoje, vamos explicar um pouco sobre o que é, quais as causas mais comuns e como podemos ajudar idosos com esta condição. Confira!
Síndrome do pôr do sol: o que é e o que causa?
Primeiramente, todos que convivem com quem tem Mal de Alzheimer já devem ter reparado que seu humor e comportamento costumam mudar ao longo do dia, mas, se for sempre no cair da noite, pode ser o primeiro sinal da síndrome do pôr do sol.
Outros sintomas comuns são a ansiedade, irritabilidade, inquietação, confusão, tristeza e agitação, que mesmo que apareçam em outros momentos do dia, não são tão intensos quanto quando o fim da tarde se aproxima.
Não reconhecer onde está, pedir para ir embora para casa (mesmo já estando nela) são só algumas das situações mais frequentes da síndrome do pôr do sol, o que pode deixar qualquer familiar ou cuidador angustiado.
Atualmente, estima-se que cerca de 30% dos pacientes com Alzheimer sofram com essa síndrome, porém, pacientes que tenham outros tipos de demências também podem desenvolvê-la.
De maneira geral, suas causas ainda são pouco conhecidas, mas estão interligadas com as alterações cerebrais associadas ao ciclo circadiano — o “relógio biológico” do corpo humano —, muito comum durante o estágio intermediário da doença.
Sendo assim, o paciente se confunde entre as fases de sono e vigília, fazendo com que o idoso não consiga identificar as variações de luz ao longo do dia, dificultando que ele compreenda se é dia ou noite.
Além disso, essa instabilidade pode afetar o ritmo cardíaco e, por isso, é preciso estar atento para identificar os sinais o quanto antes e buscar orientação médica.
Outras possíveis causas são:
- excesso de cansaço;
- sede ou fome;
- tédio;
- dores;
- depressão;
- mudanças de iluminação ou de temperatura
- jet lag;
- entre outras.
Qual é o tratamento para a síndrome do pôr do sol?
Na grande maioria das vezes, algumas mudanças de hábitos e determinadas atitudes já podem ajudar no combate à síndrome do pôr do sol, como por exemplo:
- quando o fim de tarde começar a se aproximar, tente propor atividades (como assistir a um filme ou pedir ajuda em alguma tarefa domiciliar) ou peça que um parente ou amigo ligue para conversar com o paciente e distraí-lo;
- se possível, reduza o barulho e o número de pessoas ao redor;
- quando o anoitecer se aproximar, acenda as luzes e feche as cortinas para que o paciente não repare nas mudanças de iluminação comuns neste período do dia;
- garanta que o início da noite seja um momento relaxante e façam atividades juntos, como ler e ouvir músicas suaves.
Agora, caso essas alterações na rotina não surtam o efeito desejado, procure o médico geriatra responsável para que ele avalie se existe alguma causa alternativa ou prescrever um medicamento que ajude o paciente a relaxar e a dormir melhor.
Mas, atenção: alguns remédios podem ter como efeitos colaterais confusão, tonturas e, consequentemente, quedas. Por isso, a indicação é que sejam utilizados por pouco tempo.
Como podemos ajudar?
No momento da crise, o ideal é ouvir com calma todas as preocupações do paciente e buscar tranquilizá-lo e distraí-lo da situação. Entretanto, como citamos anteriormente, existem algumas atitudes que podemos tomar para minimizar os efeitos da síndrome do pôr do sol, como por exemplo:
- não sirva bebidas alcoólicas ou com cafeína no final do dia;
- limite o consumo de açúcar do paciente;
- garanta que a casa tenha objetos (como fotos da família) que proporcionem sentimentos de familiaridade, conforto e acolhimento;
- não preencha o dia inteiro com atividades, uma vez que o cansaço excessivo é uma dos fatores desencadeantes da síndrome;
- durante o dia, programe caminhadas ou qualquer atividade ao ar livre para ajudar o paciente a manter o relógio biológico bem ajustado;
- pratique (moderadamente) atividades recreativas ou exercícios físicos com o paciente para evitar a chegada da angústia, da ansiedade e garantir seu bem estar geral;
- possibilite descansos curtos durante o dia, mas impeça que eles aconteçam próximos do fim da tarde;
- se certifique que o paciente tenha uma rotina de sono constante;
- ajude a estabelecer horários para as atividades do cotidiano;
- proporcione o ambiente adequado para o paciente dormir, sempre mantendo alguma fonte de luz por perto para diminuir as chances de confusão mental.
Além dessas ações relacionadas aos hábitos diários, também é importante ressaltar que algumas casas de repouso possuem todas as ferramentas necessárias para auxiliar na prevenção e no tratamento da síndrome do pôr do sol.
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Conclusão
Enfim, depois de entender um pouco mais sobre a síndrome do pôr do sol e como mudanças de hábitos domiciliares podem evitar seu surgimento e ajudar a controlar os sintomas, esperamos que você se sinta muito mais preparado para lidar com esses episódios.
Caso deseje entender um pouco mais como funcionam os serviços do Vitória Spa e como podemos auxiliar nos cuidados com seu familiar tão querido, saiba que estamos à disposição.
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